segunda-feira, 30 de abril de 2012

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Tô me afastando de tudo que me atrasa, me engana, me segura e me retém. Tô me aproximando de tudo que me faz completo, me faz feliz e que me quer bem. Tô aproveitando tudo de bom que essa nossa vida tem. Tô me dedicando de verdade pra agradar um outro alguém. Tô trazendo pra perto de mim quem eu gosto e quem gosta de mim também. Ultimamente eu só tô querendo ver o ‘bom’ que todo mundo tem. Relaxa, respira, se irritar é bom pra quem? Supera, suporta, entenda: isento de problemas eu não conheço ninguém. Queira viver, viver melhor, viver sorrindo e até os cem. Tô feliz, tô despreocupado, com a vida eu tô de bem.
-Caio Fernando Abreu.

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Porque a vida segue. Mas o que foi bonito fica com toda a força. Mesmo que a gente tente apagar com outras coisas bonitas ou leves, certos momentos nem o tempo apaga.
E a gente lembra. E já não dói mais. Mas dá saudade. Uma saudade que faz os olhos brilharem por alguns segundos e um sorriso escapar volta e meia, quando a cabeça insiste em trazer a tona, o que o coração vive tentando deixar pra trás.
-Caio F. Abreu

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"Vai menina, fecha os olhos. Solta os cabelos. Joga a vida. Como quem não tem o que perder. Como quem não aposta. Como quem brinca somente. Vai, esquece do mundo. Molha os pés na poça. Mergulha no que te dá vontade. Que a vida não espera por você. Abraça o que te faz sorrir. Sonha que é de graça. Não espere. Promessas, vão e vem. Planos, se desfazem. Regras, você as dita. Palavras, o vento leva. Distância, só existe pra quem quer. Sonhos, se realizam, ou não. Os olhos se fecham um dia, pra sempre. E o que importa você sabe, menina. É o quão isso te faz sorrir. E só. "
Caio Fernando Abreu 

sexta-feira, 20 de abril de 2012

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[...] Vi que escrever é falar e escutar num mesmo tempo. A escrita é um retrato revelado em positivo e negativo. Escrever é, muitas vezes, se negar a chorar.
                                                                                   (Queirós, página 48)

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 Eu tinha as palavras, mas não possuia caderno, lápis, borracha. Se falo, jamais posso recolher minha palavra. Não se pode arrepender-se do que se fala, sem sofrimentos. Se escrevo, posso me descontentar e me desfazer da palavra: rasgo, deleto, destruo. Mas não conheço borracha capaz de apagar a palavra falada.
                                                                                 ( Queirós. Página 44)